sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Véspera de carnaval

e eu pensando em ti.
Pensando no vazio que eu vivi todo esse tempo.
Pensando nas vezes que falamos tanto e não dissemos nada.
Nas chances que eu não dei por não me sentir segura. Mas peraí, teve chance?
Nunca estivemos, mesmo assim te amei.
Ainda.
Precisei cavar um buraco a força pra me enfiar semana passada.
Foi cavando que eu descobri um paraíso.
Não se morre de amor.
Não se mata de amor, Vanessa.
Descobri que o tempo está depois.
Sobrevivi a mim mesma.
Descubri que o melhor remédio pra rejeição é fingir que não é comigo.
Mesmo que eu chore.
Me anestesio e sigo, e vou, e não páro. Faço tudo chorando, mas sigo.
Compro pão chorando, dirijo chorando, cerveja, prato verde, computador e o caralho a quatro: chorando.
Mas é por um tempo, por que a gente tá careca de saber que nada é pra sempre.
Véspera: Dia anterior de um acontecimento que pode não acontecer.

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